Tesouro de Alegria, Tesouro de Maior Valor ! ! !

Na busca por tesouros, nem todos querem pagar o preço de sua aquisição. No entanto, deveríamos agir como certo homem trabalhador que, estando em meio à vida cotidiana de lutas e labores no campo, encontrou um tesouro de valor tal que desejou mais do que tudo possui-lo. Mas, não podendo retirá-lo dali, deixou-o até que voltasse com as condições necessárias para sua aquisição. E possuí-lo se fez sua nova razão e meta de vida. Sendo portanto, necessário abrir mão de seus outros tesouros, e isso constituía nada menos que tudo quanto possuía. Então, vendendo tudo comprou não apenas aquele tesouro, mas também aquela terra onde se encontrava o tesouro de maior valor.
Pensem nas dificuldades deste homem em vender e desvincular-se de tudo quanto possuía. Pensem no processo de desprendimento que se fez necessário para tal aquisição. Ainda que o novo tesouro estivesse para gerar uma alegria inigualável em sua vida. Não deve ter sido fácil. Pois, voltar à estaca zero de uma vida de conquistas é o mesmo que tornar-se como uma criança carente e necessitada, porém, cheia de confiança no novo tesouro e nova esperança. Deixar para traz seus cuidados, esvaziando seus cofres, para ir à busca de um tesouro maior, que traz o real cuidado e segurança para sua vida, é atitude de poucos.
Esta história é uma proposta real para todos que desejam real Alegria. Contada por aquele que deixou toda sua glória para tirar pessoas de uma vida sem sentido e religa-las ao seu verdadeiro sentido de vida. Sua proposta é que todo aquele que ouvir sobre seu “tesouro de maior valor” dê as costas para seus maiores tesouros, torne-se com criança e ame-o até mesmo mais que toda sua família, bens ou do que sua própria vida. E este, é o único caminho de uma vida de eterna e real alegria.
Mas, somos estáveis demais para fazer mudanças radicais. Preferimos seguir diante dos mesmos “tesouros” que sempre apreciamos, tais como comidas, amizades, produtividade, investimentos, férias, lazer, jogos, leituras, compras, sexo, esportes, arte, televisão e viagens, mas não Deus. Ele é uma ideia — até que boa— e um tema para discussão; mas não era um tesouro de valor, de prazer. Tê-lo como novo e único tesouro de valor traz grandes mudanças em vidas estáveis e padronizadas, sejam por pretexto de alivio ou de dor.  
  Todavia, aos que “sem querer”, labutando por esta vida, foi dada a graça de encontrar o escondido e maior “tesouro de valor”, algo milagroso aconteceu. Foi como abrir os olhos de um cego diante de um alvorecer dourado. Primeiro o silêncio atônito diante da beleza indizível da santidade. Depois o choque e o terror diante do falo de que realmente antes gostávamos das trevas. Em seguida a quietude tranquila da alegria de que esse é o alvo da alma. A luta acabou. Daríamos tudo pela garantia de viver para sempre na presença dessa glória. E, de fato o damos, deixando todos os demais tesouros para estar de posse dele, ou dele deixar-se possuir. Ele que antes era apenas uma vaga personagem histórica e que agora é o sentido de toda minha alegria, meu tesouro de maior valor, Jesus.

 Autor: Rodrigo Torricelli

Onde está sua Alegria?

Todos, em algum momento ou período desta vida, desenvolvemos modos de enxergar nosso mundo, nossos porquês e nossos quês. São eles estereótipos de bondade, alegria, ou até mesmo de maldade.
Como criança pequena que não consegue se alegrar num pai com tendências de reclamar, ficar com tédio, deprimido, frustrado, desanimado, mal-humorado, sinistro, descontente e abatido. Assim somos, alguns de nós, diante de Deus. Mesmo depois de crescidos continuamos imaginando Deus como algum gigante de “João e o pé de feijão” no céu. E, com isso, vivemos uma tentativa de não incomodá-lo, e talvez tentar trabalhar para ele para conseguir algum pequeno favor.
Mas, a base dos nossos relacionamentos não pode ser outra senão o louvor, ou seja, a verdadeira alegria e ou prazer que temos neles. Pessoas louvam espontaneamente o que quer que valorizem, eles espontaneamente nos incentivam a nos juntar ao seu louvor. Observe como apaixonados louvam suas amadas; leitores, seu poeta favorito; caminhantes, a paisagem; esportistas, seu jogo predileto – louvor do tempo, dos vinhos, dos pratos, dos atores, dos motores, dos cavalos, das universidades, dos países, de personagens históricos, de crianças, flores, montanhas, selos raros, besouros exóticos, e às vezes até de políticos e professores. E, tal louvor só é de fato completo quando expresso. Por isso, só podemos dizer que temos prazer em Deus quando o alicerce de nosso prazer for deliciar-se nele, cultivar e ter prazer em sua comunhão e boa vontade.
O grande problema se encontra em não termos alegria alguma e vivermos da alegria de outros. Com isso estaremos sempre condicionados a uma vida de total insatisfação e agindo como crianças que vivem se vangloriando (O meu é maior! O meu é mais rápido! O meu é mais bonito!). O mal de viver assim é que tais pessoas não vivem da alegria de alcançar o que valorizam, em vez disso, vivem dos elogios dos outros. Elas têm um olho em sua ação e outro em seus espectadores. José do Egito foi um tipo de criança, depois jovem e enfim adulto que não se deixou levar pela alegria dos outros, mas por uma alegria que ele tinha em um Deus para lá de circunstancias boas ou elogios. Seus irmãos o venderam como escravo. A esposa de Potifar fez que fosse encarcerado. O copeiro do faraó esqueceu-o na prisão por dois anos. Onde estava Deus em todo esse pecado e desgraça? E onde estava a alegria de ter a Deus em meio a tais circunstancias? José diz que mesmo não sendo rodeado pela alegria e intervenção da família e dos amigos ele confiava na alegria de um Deus que torna até mesmo o próprio mal em bem. Porém, há pessoas tentando entender como pode alguém se alegrar no assassinato do próprio filho, Jesus o Cristo. Elas perguntam entre si: o que dizer do desdém de Herodes, ou da atitude covarde de Pilatos, ou do grito dos Judeus: "Crucifica-o! Crucifica-o!", ou da zombaria dos soldados gentios – quem diria que essas atitudes não eram pecados?
Para que possamos entender tais fatos e ainda viver alegria precisamos agir como o jovem Jonathan (Edwards) que entendeu em seu tempo o modo correto de ver o mundo e os fatos que nele aconteciam. Ele disse que a complexidade infinita da mente divina é tal que Deus tem a capacidade de ver o mundo através de duas lentes. Ele pode olhar por uma lente estreita e por outra de ângulo aberto, ou seja, quando Deus olha para um evento doloroso ou perverso através da sua lente estreita, ele vê a tragédia ou o pecado pelo que ela é em si mesma, e fica irado e triste. Mas quando Deus olha para um evento doloroso ou perverso através da sua lente de ângulo aberto, ele vê a tragédia ou o pecado em relação a tudo o que a causou e a tudo o que deriva dela.

O fato é, as intenções malignas das pessoas não podem frustrar as determinações de Deus. Pois, ele, Deus, não depende de nada para ser feliz, pois dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. E aqueles que o tem como seu Deus passam a ver através de ângulos diferentes, não dependendo mais de uma inconstância de alegria em suas vidas. Pois, a alegria do Senhor (seu Deus) é a sua força.

Autor: Rodrigo Torricelli

Mais alegria, por favor!!

As pessoas estão o tempo todo enchendo suas vidas de atitudes que de uma forma ou de outra levem-nas ao prazer para alcançar a alegria. Um homem se alista para guerra e outro, ao mesmo tempo, se torna um desertor porque no fim ambos querem o prazer de ir ou ficar. Para ambos o prazer é um trampolim que os lançará em direção da alegria. Porém, o ir ou ficar não dão prazer por muito tempo. Logo eles terão novas atitudes em busca do prazer. O que eles não conseguem perceber é que a alegria de verdade não consiste tão somente em viver ou deixar de viver certas situações cotidianas.



Somos todos como eternas crianças, possuímos nossos brinquedos, mas não entendemos que para além dos muros em nossas casas existe muito mais que estes brinquedos. É como se estivéssemos assentados brincando em uma casa na favela a fazer bolinhos de areia quando surge o convite para irmos brincar na areia da praia, mas não aceitamos. Pois, não conseguimos imaginar o que é estar na praia. Acreditamos que já encontramos a real felicidade. Corremos atrás de álcool, sexo e ambições, desprezando a alegria infinita que se nos oferece. Contentamo-nos com muito pouco.



O fato é que pensamos que abrindo mão de alguns brinquedos, abnegando, e adquirindo outros, encontraremos a real alegria. Como crianças ignorantes seguimos sem entender que não estamos trocando de brinquedos ou indo para o local desconhecido, não estamos abrindo mão de nada, ao contrário, o desconhecido será por nós conhecido apenas em parte, e em parte seguiremos conhecendo-o cada vez mais. E isso, porque o desconhecido se fez conhecer em forma humana, cotidiana e comum aos nossos olhos. Mas, milagrosa e ao mesmo tempo cheio de mistérios, pois, nem sempre entendemos a alegria associada ao sofrimento. O que entendemos é que o ser humano foi feito para alcançar uma alegria constante.



E nessa busca por encontra a alegria constante seguimos enchendo de elogios, aprovações, honras e louvor a tudo e todos em que nos alegramos. O mundo e os que nele vivem a louvar. Apaixonados louvam suas amadas, leitores seus escritores favoritos, viajantes a paisagens, jogadores a seus jogos prediletos, enfim, todos louvam. O grande absurdo é que muitos pensam que para louvar a Deus, o criador de toda a plenitude de alegria, depende de abnegar. Já que seu próprio filho Jesus sacrificou sua própria vida em favor de muitos.



O que muitos e até mesmo religiosos não entendem, é que existe um gozo, uma alegria, um prazer constante que inicia a partir do amor. Amor do próprio Deus ao fazer-nos um convite transcende, que nos leva a enxergar além do horizonte, além dos muros da racionalidade limitada em nossas casas e bolinhos de barro. Amor que deu seu único filho para que todo aquele que nele crer tenha vida e alegria eterna. Convite para deixar a alegria passageira, e cheios de amor neste Deus viver em alegria eterna. 

Sim, vai além de qualquer conhecimento humano que possamos ter, pois, quem conheceu a mente deste Deus, que o possa instruir? Sim, vai além de qualquer sacrifício que eu e você possamos a Ele oferecer. Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas, incluso nossas vidas, que recebemos para alegra-nos no único e real Deus de além dos nossos muros.


Autor: Rodrigo Torricelli